Economia e Mercado

Aqui teremos sempre um resumo das aulas de Economia e Mercado para consultas:

Conceito de Economia

Origem grega:oikos(casa)enomos(norma,lei)
Administração da casa
Administração dos recursos escassos


"Ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas."

Conceito de Mercado

"Mercado é o “local” onde se encontram quem quer comprar e quem quer vender e que, através de um processo de negociação, determinam o preço e a quantidade do bem a ser transacionado/trocado entre ambos."


TEORIA DA DEMANDA
 
  DEMANDA: Quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo.
  A demanda ou procura por um bem ou serviço depende de vários fatores (objetivos e subjetivos), dentre os quais podemos destacar:
       fatores climáticos e sazonais; propaganda; expectativas sobre o futuro; facilidades de crédito (disponibilidade, taxa de juros, prazos); do preço do bem; da renda do consumidor (e sua distribuição); dos preços dos outros bens; das preferências dos consumidores, com base nos seus hábitos e gostos.

  Normalmente quando o preço de um bem sobe, a quantidade demandada cai, isto é, tem-se uma relação inversa entre preço e quantidade demandada.
Isto ocorre, porque quando o preço de um bem sobe:
Este fica mais caro em relação a seus concorrentes;
Diminui o poder de compra real do consumidor.
Essa relação inversa (entre preço de quantidade demandada) é chamada de lei geral da demanda.
  BENS SUBSTITUTOS: São aqueles que guardam uma relação de substituição, de maneira que ou se consome um ou outro.
  Por exemplo:
       manteiga e margarina;
       locação de um DVD e entrada ao cinema;
       guaraná Antarctica e guaraná Brahma;
  Então, quando dois bens são substitutos um aumento no preço de um, provoca elevação na quantidade demandada do outro.
  BENS COMPLEMENTARES: existem ainda aqueles que, em geral, são consumidos conjuntamente. Por exemplo:
       gasolina e óleo para motores;
       pneu e câmara;
       automóveis e gasolina
  Então, quando dois bens são complementares, um aumento no preço de um, provoca queda na quantidade demandada do outro. Sendo x e y dois bens complementares, um aumento do preço do bem y, diminui a demanda pelo bem x, tendo em vista, que os bens são consumidos simultaneamente.

A DEMANDA POR UM BEM E A RENDA DO CONSUMIDOR

 
  Quando a renda do consumidor varia, o mesmo não irá alterar a demanda por todos os bens que consome.
  Suponha que a renda do consumidor tenha um amento. Sendo assim, pode-se notar que ao aumentar seu poder aquisitivo, o consumidor poderá aumentar a demanda por alguns bens, manter constante a demanda por outros e até diminuir a procura por determinado bem.

 
A DEMANDA POR UM BEM E AS PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR

 
  As preferências do consumidor podem ser modificadas em razão de vários fatores: clima, propaganda, campanhas promocionais, fatores culturais e religiosos, preços etc.
  Modificações nas preferências podem elevar ou diminuir a demanda por um bem. Ou seja, a relação entre as preferências e a demanda pode ser inversa ou direta.

TEORIA DA OFERTA




 Conforme vimos na teoria da demanda, a relação entre preço e quantidade demandada é inversa. Isto ocorre porque o preço para o consumidor significa o custo de adquirir o bem ou serviço.

 Agora analisaremos o mercado sob a ótica do produtor. Neste caso, veremos a TEORIA DA OFERTA.



Desta forma, enquanto o preço possui uma relação inversa com a quantidade demandada, sua relação com a quantidade ofertada é direta (crescente). Isto significa que aumentos de preços estimulam a oferta do bem e, por outro lado, quedas no preço desestimulam a oferta do bem.

 Como o preço para o produtor (vendedor) é uma receita, aumentos de preço (tudo o mais constante) elevarão seu faturamento e vice-versa.



 A curva que exibe a relação direta entre preço e quantidade ofertada é denominada de CURVA DE OFERTA e possui o formato ao lado.

 Veja que diferentemente da curva de demanda, quanto maior o preço, maior será a quantidade ofertada e quanto menor for este, menor será também a quantidade ofertada.

 Do mesmo jeito da demanda, modificações no preço provocam deslocamentos ao longo da curva de oferta. Por outro lado, se a oferta for alterada por qualquer outro fator que não seja alteração no preço do bem, a própria curva se deslocará.



A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO DOS FATORES DE PRODUÇÃO



Enquanto o preço do bem representa uma receita para quem o produz (vende), o preço dos fatores de produção representa o custo de produzi-lo.

 Por exemplo: o preço do pão para quem o produz (vende) representa uma receita, por outro lado, o preço da farinha de trigo e do salário do padeiro, representam custo para quem produz (vende) o pão.

Desta forma, aumentos no preço dos fatores de produção, tudo o mais constante, provocam queda na oferta do bem (tendo em vista que o custo de produção se elevará).

 Por outro lado, se o preço dos fatores de produção sofre diminuição, tudo o mais constante, levará a um aumento na oferta do bem (já que o custo de produção cairá).

 Neste caso, como o fator que está afetando a oferta é alterações no preço dos fatores de produção (e não no preço do bem), a curva de oferta se deslocará, para cima ou para baixo.


EQUILÍBRIO DE MERCADO


 O preço em uma economia de mercado perfeitamente competitiva é determinado tanto pela oferta quanto pela procura. Colocando em um único gráfico as curvas de oferta e de procura de um bem ou serviço qualquer, o ponto de intersecção das curvas é o ponto de equilíbrio.

 O ponto E é o único ponto de equilíbrio existente, pois, é neste ponto que a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender (só neste ponto existe coincidência de desejos).

TENDÊNCIA AO NÍVEL DE EQUILÍBRIO: LEI DA OFERTA E PROCURA

 Desequilíbrios ocorrem:

◦ Quando há excesso de oferta, ou seja, os produtores desejam ofertar uma quantidade maior que a quantidade desejada pelos consumidores.

◦ Quando há excesso de demanda, ou seja, os consumidores desejarem consumir uma quantidade maior que aquela ofertada pelos produtores (conhecida como escassez).

◦ Vejamos agora como tais desequilíbrios são corrigidos.

EXCESSO DE OFERTA

 Preços acima do preço de equilíbrio (P0) geram excesso de oferta, isto é, para qualquer preço acima de P0 os produtores desejarão vender uma quantidade maior do que a que os consumidores desejarão comprar (Qo > Qd).

 Desse modo, como está se trabalhando numa economia concorrencial, o excesso de oferta será sanado da seguinte forma: os vendedores acumularão estoques não planejados e terão que diminuir seus preços, concorrendo pelos escassos consumidores.

 Então o preço vai caindo até chegar no ponto E, onde o equilíbrio é restabelecido.



EXCESSO DE DEMANDA


Por outro lado, preços abaixo de P0 geram excesso de demanda, isto é, para qualquer preço abaixo de P0 os consumidores desejarão comprar uma quantidade maior do que a que os produtores desejarão vender (Qd > Qo).

 Desse modo, como está se supondo que a economia é perfeitamente competitiva, o excesso de demanda será sanado da seguinte forma: os consumidores que desejarem realmente comprar, estarão dispostos a pagar mais pelos produtos escassos.

 Então o preço vai aumentando até chegar no ponto E, onde o equilíbrio é restabelecido.


CONCLUSÃO:


 Numa economia concorrencial (com muitos pequenos produtores e compradores) desequilíbrios de mercado serão corrigidos via preços, de modo que estes sempre se alterarão para restabelecer o equilíbrio de mercado.

 Mas, se a economia for oligopolizada (pequeno grupo de grandes produtores dominarem o mercado), desequilíbrios de mercado não serão necessariamente corrigidos via preços, mas também por meio do ajuste das quantidades. Por exemplo: em caso de excesso de oferta, suspende-se a produção ao invés de baixar o preço (indústria automobilística).



MUDANÇAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO:

 Para entendermos este tópico é necessário que tenhamos entendido tudo que foi visto anteriormente, já que agora juntaremos tudo que vimos até o momento.

 Todas as vezes que algumas daquelas variáveis que afetam a demanda (preço dos outros bens, preferências, renda) ou a oferta (preço dos fatores de produção) se alterarem, o ponto de equilíbrio se deslocará.

 Veremos agora um exemplo, primeiro supondo uma mudança na demanda e depois supondo uma mudança na oferta.

Mudança no ponto equilíbrio da economia devido a um deslocamento na demanda

Considerando um bem normal, um aumento na renda do consumidor provoca ampliação na sua demanda. Sendo assim, a curva de demanda se desloca para cima.

 Ao nível de preços P0, os consumidores desejarão consumir Q1, mas os produtores desejarão ofertar apenas Q0. Para resolver este problema o nível de preços terá que aumentar, o que estimulará os produtores a ofertarem mais.

 À medida que o nível de preços vai aumentando, os produtores desejarão vender mais e os consumidores desejarão consumir menos (já que o aumento dos preços faz seu poder aquisitivo cair).

 Este processo se prolonga até o novo ponto de equilíbrio E2, no qual ocorre novamente coincidência de interesses das duas partes.


Mudança no ponto de equilíbrio da economia devido a um deslocamento da oferta

Uma queda no preço nos fatores de produção, ao tornar o custo de produção menor, estimula o seu aumento, desse modo, a curva de oferta se desloca para baixo.

 Nessa situação os produtores desejarão ofertar Q1, mas os consumidores, ao nível de preços P0, só desejam consumir Q0.

 Para equalizar a situação, o preço vai caindo até a economia encontrar um novo ponto de equilíbrio (E2), isto é, onde ocorre novamente coincidência de interesses das duas partes.




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